Purpose: To evaluate in a rabbit model the degenerative histological abnormalities in the choroid and sclera following the daily administration of high cholesterol dosages as well as the possible prevention of these degenerative abnormalities following systemic administration of oral rosiglitazone, an activator of agonist peroxisome proliferator-activated receptor (PPAR)-gamma receptors. Methods: Fifty-five New Zealand rabbits were studied and divided into four groups: Control Group (CG - 6 rabbits) received normal diet for six weeks; Group 1 (G1 - 13 rabbits) received 1% cholesterol diet for two weeks and then a 0.5% cholesterol diet for 4 weeks; Group 2 (G2 - 18 rabbits) received 1% cholesterol diet for two weeks and then a 0.5% cholesterol diet for 4 weeks. Additionally, this group also received 3 mg of rosiglitazone daily after the third week since the beginning of the experiment; and Group 3 (G3 - 18 rabbits) received 1% cholesterol diet for two weeks and then a 0.5% cholesterol diet for 4 weeks. Additionally, this group also received 3 mg rosiglitazone since the beginning of the experiments. The animals were euthanized and their eyes underwent histomorphometric analysis. Results: No histological abnormalities were observed in CG while G1 presented a significant increase in the scleral and choroidal thickness in relation to CG and G3. Conclusions: This study revealed that hyper-cholesterolemia may lead to early degenerative abnormalities of the choroid and sclera of rabbits and that the activation of agonist PPAR ocular gamma receptors, by means of oral administration of rosiglitazone, proved to be effective for the preservation of choroidal and scleral anatomy. Objetivos: Avaliar, de forma experimental em coelhos, as anormalidades histológicas degenerativas na esclera e coróide após administração diária de alta dosagem de colesterol tão bem quanto possível prevenção destas anormalidades degenerativas com administração sistêmica de rosiglitazona, um agonista dos receptores Gama Ativados pelo Proliferador de Peroxissomo (PPAR gama). Método: 55 coelhos New Zealand foram divididos em 4 grupos: Grupo controle (GC) (06 coelhos) recebeu dieta normal durante 6 semanas. Grupo 1 (G1) (13 coelhos) recebeu dieta de colesterol a 1% por 02 semanas e após dieta de colesterol a 0,5% por mais 4 semanas. Grupo 2 (G2) (18 coelhos) recebeu dieta de colesterol a 1% por 02 semanas e após dieta de colesterol a 0,5% por mais 4 semanas. Adicionalmente este grupo recebeu 3 mg de rosiglitazona diariamente a partir da 3^a semana do início do experimento. Grupo 3 (G3) recebeu dieta de colesterol a 1% por 02 semanas e após dieta de colesterol a 0,5% por mais 4 semanas. Adicionalmente este grupo recebeu 3 mg de rosiglitazona diariamente a partir do início do experimento. Dados foram analisados pelo teste de Shapiro-Wilks-Testand e valores abaixo de 0,05 foram considerados estatisticamente significantes. Resultados: Nenhuma alteração foi observada no GC. No entanto o G1 mostrou um significativo aumento da espessura da esclera e coróide (301,48 ± 50,12) comparados com o GC (239,09 ± 24,33) (p= 0,005). O G2 mostrou espessamento da esclera e coróide menor (282,08 micrometros/DP36,44) que G1 (301,48 ± 50,12); no entanto estes valores não foram estatisticamente significantes (p=0,222). O G3 mostrou espessamento de esclera e coróide menor (266,11 ± 47,94) que G1 (301,48 ± 50,12); este valor foi estatisticamente significante (p=0,02). Grande número de histiócitos foram observados na parede escleral do grupo submetido a dieta hipercolesterolêmica (G1) seguidos de forma decrescente por G2, G3 e GC. Conclusões: Este estudo revela que a hipercolesterolemia no modelo animal (coelho) pode conduzir a anormalidades degenerativas precoces na esclera e coróide e que a ativação dos receptores do PPAR gama oculares, através da dieta oral de rosiglitazona, demonstra ser efetivo na preservação anatômica destas estruturas. Este estudo pode ter relevância clínica visto que as glitazonas podem oferecer uma nova modalidade de tratamento para a degeneração macular seca e/ou úmida em olhos humanos.

Purpose: To report a rare case of spontaneous scleral perforation In a patient with ocular rosacea and Its surgical management. Methods: Case report. Results: A 52 year-old woman with a history of ocular rosacea diagnosed 9 years earlier presented with a spontaneous scleral perforation in the left eye. On examination, axial facial redness with erythematous papules was present. Slit lamp examination of the left eye revealed meibomian gland dysfunction, conjunctival injection, marked peripheral corneal thinning, neovascularization and lipid deposition in the cornea temporally. A discreet round scleral perforation temporal to the limbus measuring approximately 1 mm in diameter, with protruding vitreous was present. The scleral perforation was repaired with a homologous scleral patch graft sealed into position with fibrin glue and 4 sutures of 10-0 monofilament nylon. One month postoperatively, her best corrected visual acuity was 20/25. Conclusion: Scleritis can be a rare complication of severe ocular rosacea. A homologous scleral patch graft proved successful in treating this condition. Patients with ocular rosacea severe enough to induce scleritis require systemic therapy and close monitoring. Resumo Objetivo: Relatar um caso raro de perfuração escleral espontânea em paciente com rosácea ocular tratado cirurgicamente com enxerto escleral. Métodos: Relato de caso. Resultados: Paciente feminina, 52 anos, com diagnóstico prévio de rosácea ocular há 9 anos procurou atendimento oftalmológico apresentando perfuração escleral espontânea no olho esquerdo. Ao exame, notavase eritema facial e pápulas eritematosas. A biomicroscopia do olho esquerdo revelou disfunção meibomiana, hiperemia conjuntival, afinamento corneano periférico, neovascularização e depósitos lipídicos na região temporal da córnea. Na região temporal da esclera, observava-se área de perfuração escleral, medindo aproximadamente 1 mm de diâmetro, através da qual se percebia protrusão vítrea. A perfuração escleral foi tratada cirurgicamente com um enxerto homólogo de esclera fixado com cola de fibrina e 4 suturas com fio de mononylon 10-0. Um mês apos o procedimento cirúrgico, a acuidade visual corrigida era 20/25. Conclusão: Esclerite pode ser uma complicação rara das formas graves de rosácea ocular. O enxerto escleral homólogo mostrou-se eficaz no tratamento da perfuração escleral secundária a rosácea ocular. Pacientes portadores de rosácea ocular e esclerite requerem tratamento sistêmico e acompanhamento frequente por um oftalmologista.

Las fistulas Carótido - Cavernosas (Carotid cavernous fistulae - CCF) son conecciones anormales arterio-venosas dentro del seno cavernoso. Ellas están típicamente asociadas a trauma, pero pueden ocurrir espontáneamente. La pérdida progresiva de visión ha sido clásicamente la indicación para terapia intervencional. Nosotros presentamos un caso de un bebé varón de 18 semanas de edad con una CCF y pérdida de visión secundaria a ambliopía por una parálisis de VI par. El paciente fue exitosamente tratado con terapia oclusiva para la ambliopía. Un caso similar ha sido previamente reportado en la literatura, y fue manejado con técnicas intervencionales endovasculares. Nosotros presentamos un manejo conservador cuando la funciones intraoculares y del nervio óptico son estables

Electrical and lightning-induced injuries are common and have known ocular manifestations. We report the case of a man injured by power lines who demonstrated a macular hole associated with electrical injury. This is the first to our knowledge to document the natural history of a macular hole after electrical injury using OCT.

Purpose: To evaluate anatomical and visual outcomes after silicone oil removal in patients operated on retinal detachment and proliferative vitreoretinopathy in a referential eye-care centre in Joinville, southern Brazil. Methods: Retrospective, non-comparative, consecutive case series. Cases included all patients with retinal detachment and grade C posterior proliferative vitreoretinopathy examined and operated on by the same physician (MJN) from January 1997 to August 2006. Cases of retinal detachment associated with trauma, giant tears, viral retinitis or diabetic retinopathy were excluded. The initial surgery, performed in all the eyes, included pars plana vitrectomy, 360-degree scleral buckling, laser endophotocoagulation around the retinal tears and silicone oil infusion in the vitreous cavity. A prophylactic 360-degree peripheral laser photocoagulation was applied one to three months before silicone oil removal. Results: Twenty-seven patients underwent silicone oil extraction. Nineteen (70,4%) were men and the mean age was 54,1 years-old (range 24-79 yo). The median follow-up was 284 days (73-988 days). Twenty-six eyes (96,3%) had the retina attached at the last examination. After silicone oil extraction, visual acuity improved in 13 patients (48,2%), stabilized in 9 patients (33,3%) and decreased in 5 patients (18,5%). There was a case of severe visual loss after silicone oil extraction (from 20/40 to 20/400), with an indetermined optic disc atrophy. Conclusions: Silicone oil removal provided good anatomical and visual results in most of the patients. Nevertheless, 5 cases had unfavorable outcomes, particularly one with a severe and unexplained vision loss. Surgeons must be aware of adverse results associated with silicone oil removal and its benefits must be outweighed against its extended duration in the eye and the possibility of complications with a new surgical procedure. Resumo Objetivo: Avaliar os resultados anatômicos e visuais após a retirada do óleo de silicone em pacientes operados de descolamento de retina e vitreorretinopatia proliferativa num centro oftalmológico de referência em Joinville, sul do Brasil. Métodos: Estudo retrospectivo e não-comparativo de casos consecutivos de descolamento de retina com vitreorretinopatia proliferativa posterior grau C examinados e operados pelo mesmo médico (MJN) de Janeiro de 1997 a Agosto de 2006. Foram excluídos os casos de descolamento de retina associados a trauma, ruptura gigante, retinite viral ou retinopatia diabética. A cirurgia inicial, realizada em todos os olhos, consistiu de vitrectomia via pars plana, introflexão escleral em 360 graus, endofotocoagulação retiniana ao redor das rupturas retinianas e colocação de óleo de silicone na cavidade vítrea. A fotocoagulação profilática em 360 graus na periferia retiniana também foi realizada um a três meses antes da remoção do óleo de silicone. Resultados: Vinte e sete pacientes foram submetidos à extração do óleo de silicone. Dezenove (70,4%) eram homens e a idade média foi 54,1 anos (variação de 24 a 79 anos). O tempo de seguimento médio foi 284 dias (73-988 dias). Vinte e seis olhos (96,3%) tinham a retina colada no último exame oftalmológico. Após a extração do óleo de silicone, a acuidade visual melhorou em 13 pacientes (48,2%), manteve-se estável em 9 pacientes (33,3%) e diminuiu em 5 pacientes (18,5%). Houve um caso de perda visual grave após a remoção do óleo de silicone (de 20/40 a 20/400), com atrofia óptica de causa indeterminada. Conclusões: A retirada do óleo de silicone propiciou bons resultados anatômicos e visuais na maioria dos pacientes. Entretanto, 5 casos tiveram evolução desfavorável, principalmente um com perda visual grave e inexplicável. Os cirurgiões precisam estar cientes dos resultados adversos associados à extração do óleo de silicone e os seus benefícios devem ser analisados perante os riscos de sua duração prolongada no interior do olho e da possibilidade de complicações com um novo procedimento cirúrgico.

Purpose: To evaluate the long term efficacy and safety of intravitreal bevacizumab (Avastin, Genentech) for treatment of age-related macular degeneration (AMD) in two eye clinics in southern Brazil. Methods: Retrospective chart review of 36 consecutive patients with neovascular AMD who received one or more intravitreal injections of bevacizumab and completed at least one year of follow-up. At each visit, visual acuity (VA) and ophthalmic examination was assessed; optical coherence tomography and fluorescein angiography were performed at first visit and then as needed basis. Cases with prior verteporfirin photodynamic therapy, photocoagulation and intravitreal or periocular injections of triamcinolone or other anti-angiogenic drugs were excluded. After written informed consent was obtained, patients were treated with an intravitreal bevacizumab dose of 0.05ml (1.25mg) to 0.1ml (2.50mg). Rein-jections were performed if necessary. Results: Thirty-nine eyes of 36 patients were included in this study (38.9% male, 61.1% female) with a mean age of 75.2 years-old (5988 years). In the mean period of 17.3 months (range 12-27), they received an average of 3.3 injections (range 1-8). Twenty-eight eyes (71.8%) had improved (38.5%) or stabilized (33.3%) VA with a mean variation from 0.80 logMAR before treatment to 0.82 logMAR at last follow-up visit. No significant ocular or systemic side effects were noted. Conclusions: This study suggests that bevacizumab appears to be a safe and effective treatment for neovascular AMD after one year of initial therapy as it has been shown recently by Bashur et al.^[5] Further studies are necessary to validate these preliminary findings. Resumen Objetivos: Avaliar em longo prazo a eficácia e segurança do bevacizumab intravítreo (Avastin, Genentech) para o tratamento da degeneração macular relacionada à idade (DMRI) exsudativa em dois serviços oftalmológicos de referência do sul do Brasil: Hospital de Olhos Sadalla Amin Ghanem (Joinville/SC) e Oftalmoclínica (Curitiba/PR). Métodos: Estudo retrospectivo de 36 pacientes com DMRI neovascular que receberam uma ou mais injeções intravítreas de bevacizumab e completaram pelo menos um ano de seguimento. Em cada consulta, a acuidade visual (AV) e exame oftalmológico eram realizados; tomografia de coerência óptica e angiografia fluoresceínica foram efetuadas na primeira visita e quando necessário. Foram excluídos os casos previamente submetidos à terapia fotodinâmica com verteporfirina, fotocoagulação e aplicações intravítreas de triancinolona ou outras drogas anti-angiogênicas. Após preenchimento do consentimento informado, os pacientes foram tratados com bevacizumab intravítreo com doses de 0,05ml (1,25mg) a 0,1ml (2,50mg). Reinjeções eram aplicadas caso houvesse indicação. Resultados: Trinta e nove olhos de 36 pacientes foram tratados, sendo 61,1% do sexo feminino; a média de idade foi de 75,2 anos (59-88 anos). No período médio de 17,3 meses (12-27) os pacientes receberam média de 3,3 injeções (1-8). Vinte e oito olhos (71,8%) tiveram melhora (38,5%) ou estabilização (33,3%) da AV, com variação média de 0,80 logMAR antes do tratamento para 0,82 logMAR na última consulta. Não se notou efeito colateral ocular ou sistêmico durante o acompanhamento. Conclusões: Os resultados observados sugerem que o bevacizumab intravítreo seja eficaz e seguro no tratamento da DMRI neo-vascular após um ano do início do tratamento

The management of severe ocular surface disease (OSD) has benefited from major breakthroughs in recent years. Previously, patients with severe ocular surface disease had a poor prognosis. Advances in micro-surgical techniques and understanding the role of limbal stem cells have led to great improvements in both of visual acuity and quality of life of these patients by using limbal cell transplantation techniques. The management of severe ocular surface disease (OSD) has benefited from major breakthroughs in recent years. Previously, patients with severe ocular surface disease had a poor prognosis. Advances in micro-surgical techniques and understanding the role of limbal stem cells have led to great improvements in both of visual acuity and quality of life of these patients by using limbal cell transplantation techniques. Resumen El tratamiento de la enfermedad de la superficie ocular (OSD por sus siglas en inglés, Ocular Surface Disease) se ha beneficiado debido a los grandes avances en los últimos años. Anteriormente, los pacientes afectados con la enfermedad de la superficie ocular presentaban un mal pronóstico. Los avances en la técnica del tratamiento micro quirúrgico y la compresión del importante papel que juegan las células madres del limbo han demostrado una mejoría en la agudeza visual y la calidad de vida del paciente por el uso del trasplante de células limbares.